quinta-feira, 29 de março de 2012

Luiza Maia comemora aprovação de projeto


Bastou o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, Marcelo Nilo (PDT), anunciar nesta terça-feira (27) a aprovação do projeto de lei conhecido como “antibaixaria” para que integrantes da banda de percussão A Mulherada começassem a batucar na galeria dos ex-presidentes. Ao som do grupo, a deputada Luiza Maia (PT) comandou o “parabéns” cantado para a juíza Márcia Lisboa, titular da 1ª Vara de Violência Doméstica e Familiar. Mesmo em momento de celebração, a petista não deixou de demonstrar contrariedade à mudança feita pouco antes do fim da votação. Uma emenda sugerida pelo democrata Paulo Azi, líder da bancada oposicionista na AL-BA, deixou danças e coreografias de fora do texto, que proíbe a contratação com recursos públicos estaduais de bandas que possam desrespeitar as mulheres com suas músicas. “O filho nasceu troncho, com alguns defeitos, mas nasceu. Agora, nós vamos cuidar bem dele”, comentou a parlamentar, em entrevista ao BN.

Durante a discussão iniciada à tarde e que se estendeu pelo início da noite, o deputado Elmar Nascimento (PR) destacou que, em sua opinião, a matéria é inconstitucional, por se configurar em uma forma de censura ou licença à criação artística. Já Carlos Geílson (PTN), que havia pedido vista da proposta na última terça-feira (20), se declarou um apoiador dos planos da autora da proposição. Em seu discurso, Geílson, assim como a maioria dos que se pronunciaram sobre o tema, associou o assunto diretamente ao pagode. Luiza Maia não foi diferente, ao reclamar de canções nas quais se fala em “ralar a genitália no chão”, entre outros exemplos. No entanto, ela prometeu que seu objetivo era não deixar de fora do alcance da possível lei nenhum artista, independentemente da fama. “Se tiver que brigar com Chico ou Caetano, que eu adoro, eu brigo”, garantiu.

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